As dificuldades da população estão centradas na raiz e suporte da Sociedade, a Família! A Sociedade e a Família estão em crise! Não é novidade para ninguém! A interligação entre estas duas palavras é tão grande e profunda que falar de uma implica sempre uma análise intensa e profunda da outra.
A grande crise social provém e afeta radicalmente a crise familiar. Um ciclo vicioso fácil de compreender e difícil de resolver, assente na falta de valores humanos, éticos, de moral e bons costumes.
As regras de vida são necessárias e urgentes ao desenvolvimento global de todo o cidadão! Sabemos que continuar com esta passagem do oito para os oitocentos está a ser perigoso… mas temos de convir que no meio está a virtude, temos de regressar um pouquinho ao passado!
Lembra-me muito bem as pessoas viverem sob um clima de obediência cega, com um medo exagerado de tudo e de todos, inclusive de Deus, que nos era apresentado pelos homens com a mesma forma grotesca com que se relacionavam entre si, onde os mais influentes levavam os demais a fazer tudo quanto fosse conveniente aos seus interesses, caprichos e vontades. As mulheres eram de todo submissas aos homens, pois os mais ricos tinham-nas como intocáveis objetos de adorno e os pobres deixavam recair sobre elas grande parte das tarefas campesinas acrescidas de todas as domésticas e educativas. Não se via um homem a cuidar da casa ou da roupa, e o simples pegar nos filhos pequenos era uma enorme ocasião de escárnio e maldizer.
Havia poucos homens a saber ler, e mulheres havia ainda menos! Com o passar do tempo o analfabetismo diminuiu. O ser “estudante universitário” tornou-se prática corrente, tanto para homens como para mulheres, e as pessoas predispostas a profissões do operariado têm acesso ao estudo técnico-profissionais que as tornam mais atentas e responsáveis.
Com o desenvolvimento tecnológico e científico generalizou-se a Imprensa, Rádio, Televisão e Informática ou computadores, o que colocou à disposição de toda a gente muitos saberes. A internet é um enormíssimo livro aberto onde se escreve e lê, mas muitas vezes sem capacidade de discernimento e sem qualquer pessoa que elucide verdadeiramente o que é bem ou mal para se poder efetuar uma escolha acertada. Isto acarreta muitos dos desencontros da sociedade muitos dos distúrbios com que nos defrontamos.
O relacionamento entre as pessoas dos diferentes estratos sociais foi-se tornando mais próximo, pois as diferenças acentuadas entre as pessoas com cursos superiores ou não foram-se desvanecendo. E a mulher, que era intelectual e tecnicamente desconsiderada, viu reconhecidas as suas capacidades que em nada são inferiores às do homem, muito simplesmente, são diferentes e complementares.
A rigidez com que as gerações mais idosas foram criadas
levou-as a procurar que os seus descendentes tivessem menos dificuldades.
Contudo, observando com um pouco de atenção
os ambientes que nos circundam podemos ver que as pessoas habituadas a
maiores trabalhos e privações são as que conseguem melhores formas de resistir
à crise… crise que, a meu ver, está ligadinha a muita preguiça e esbanjamento,
egoísmo exagerado e riqueza fácil…
bem-estar desmedido e falta de caridade e amor! É só parar… para ver!
In Notícias de Cambra