quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A união faz a força!... Mãos à obra!



Um dos maiores desafios do “ser humano” é aproveitar o passado para corrigir o presente e preparar o futuro… mas a correcção precisa de muita atenção aos sinais que estão na origem das mudanças. Estamos a viver os coloridos dias outonais. Quem como eu ainda se encontra ligada à colheita dos frutos, verifica que alguns deles – os mais sujeitos à corrupção imediata - dão origem ao aparecimento de inúmeros mosquitos e moscas que além de dar cabo do corpo desafiam também a paciência.
Recordo que, há bem pouco tempo, com argumentos convincentes, afirmei: “Com pauladas não se apanham moscas!” Hoje… já não posso dizer o mesmo. E não foram os tempos que mudaram… fui eu que mudei a minha forma de ser, ver e agir.
Os pratinhos açucarados e as fitas penduradas para atrair esses insectos perniciosos foram substituídos por uma espécie de varinhas plásticas com uma ponta de rede. E quando os insectos se movimentam na maior liberdade… acertamos-lhe a matar, na ocasião mais oportuna… não com força… mas com muita rapidez e perspicácia.
Há dias… enquanto levava a cabo uma destas minhas minuciosas operações… absorta em pensamentos… pareceu-me descobrir uma certa afinidade entre a destruição das moscas e a autodestruição social.
A verdadeira liberdade só existe dentro de cada um… na medida em que cumpre literalmente todas as suas obrigações no respeito pela integridade e liberdade dos outros. A democracia em que vivemos diz muito claramente que somos todos livres e iguais em direitos e em deveres… uma realidade muito aliciante para o combate às injustiças. Mas… há que admitir o facto de muitos de nós vivermos como as moscas... alheios aos perigos e tentações e aproveitando a liberdade para fazermos o que não podemos e nos metermos onde não devemos! E depois... queixamo-nos de que as coisas correm mal!...
Obrigam-nos a tantas restrições que o pensamento foge-nos inúmeras vezes para o sistema de finanças… das finanças públicas que tanto mexem connosco… e da forma como vamos gerindo as nossas. A esta parte… a democracia tem funcionado muito mal, pois as desigualdades sociais são cada vez mais fantasmagóricas. E grande maioria… ou talvez mesmo a totalidade das pessoas espertas que nos mandam apertar o cinto… estão tão cansadas de se lambuzarem no açúcar farto dos pratos que só mesmo com umas boas e certeiras palmadas os farão cair do cavalo das suas razões egoístas para deixar que o povo trabalhe com gosto e cresça na vida em harmonia e paz.
Ainda não percebi porque é que a maior parte das pessoas que estão nos comandos… seja em que comandos forem… esquecem tão depressa os cuidados que merecem as bases de onde saíram… e que de um ou outro modo as ajudaram a subir aos poleiros!!!…
Que a paciência e desapego alimentem a sensatez… porque ganância, prepotência e incoerência, temos de sobra. Quando a inteligência se ligar ao amor na humildade, bom senso, compreensão, dedicação e espírito de serviço… haverá harmonia, entendimento, justiça social, pão e paz.
Sem ovelhas não há pastores e sem governados não há governantes… mas todos somos precisos! A união faz a força! Mãos à obra!

Hermínia Nadais
A Publicar no "Notícias de Cambra"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Espiritualidade, para mim, não é falar de espíritos!...

Há um velho ditado que nos diz que “quem pensa não erra”… mas eu penso e continuo a errar... e quanto mais estudo mais me convenço de que nada sei!
O nosso espírito a que vulgarmente chamamos alma, anima o nosso corpo que, uma vez desanimado ou morto, cremado ou sepultado, fica cá na terra de onde saiu. Para a eternidade irá apenas a alma ou espírito, como queiramos chamar, e é com essa parte de nós que devemos ter mais cuidado. Daí esta rubrica.
O corpo, bilhete de identidade de cada um de nós neste mundo onde vivemos, é como que um embrulho do que realmente somos.
Para mim, espiritualidade não é propriamente falar de espíritos, mas partilhar a forma como cada um cuida dessa parte de si, que se não vê, mas é a que realmente vale a pena cuidar com mais intensidade.
Eu tenho descoberto inúmeras coisas nos últimos tempos. E quando procuro dar uma interpretação pessoal convincente no sentido de tentar tornar os artigos mais elucidativos e apelativos a uma descoberta do quanto é salutar para cada ser humano olhar-se e cuidar-se interiormente, no amor e na solidariedade, vou ler os textos mais atentamente e acabo por verificar que não necessitam de qualquer explicação.
Milagre significa prodígio, portento, maravilha, assombro! O ser humano, dotado de memória, inteligência, vontade, sensibilidade… é a maior das maravilhas, o maior dos assombros! Pena que nem sempre viva como tal!
O texto anterior substitui o termo milagres por curas… e diz muito claramente porquê, usando palavras de Jesus, que são a prova verídica de que as curas feitas por Jesus não tinham a ver só com ELE, mas com a disposição interior das pessoas que lhe pediam a cura. Jesus não curou de qualquer jeito todos quantos queriam ser curados e pensavam apenas no corpo. Jesus curou todos os que acreditavam profundamente NELE e eles próprios usavam toda a sua força para mudar o rumo da sua vida interior, espiritual, pois depois de curados bendiziam a Deus e seguiam Jesus.
Em face da admiração dos Apóstolos perante as curas extraordinárias, Jesus disse: “Se tiverdes fé, vós mesmo fareis tudo quanto Eu faço, e fareis mais ainda! Se tiverdes Fé, e disserdes àquela montanha, arrasta-te, ela arrastar-se-á!” A força da mente humana unida à vontade de Deus pode fazer maravilhas!
Actualmente também há curas incompreensíveis, testadas pela medicina, que andam sempre à volta de uma vida de grande fé e oração profundas, antes… durante e depois da cura!
Nós, seres humanos, temos uma força extraordinária que nos vem da semelhança com Deus, que nos criou livres e responsáveis pelas nossas atitudes. Deus, Pai amantíssimo e misericordioso não pode, de forma alguma, querer o mal de Seus filhos, mas nós temos que usar toda a nossa força para fazer o que LHE agrada, ou seja, para AMAR INCONDICIONALMENTE!
Há muitas pessoas que se dizem católicas, mas não estudam nem vivem um pouquinho só do que é o verdadeiro catolicismo, pois se o fizessem, o mundo seria diferente. Não interessa dizer que sou, o que interessa é que eu seja aquilo que digo ser!
É urgente que todos os católicos que frequentam as igrejas deixem de se esconder debaixo do número avultado que ainda representam como Igreja… e comecem a descobrir as verdadeiras raízes da sua crença e a viver segundo a sua Fé em Jesus Cristo, a viver segundo a Fé de Jesus Cristo, em espírito e verdade.
Se os católicos confessos continuarem a viver de qualquer jeito… serão cada vez mais rejeitados pela sociedade e por outros cristãos que, noutras crenças e em pequenos grupos, se esforçam por uma vida mais digna e dignificante. Segundo as Escrituras, na passagem para a eternidade, seremos julgados somente em face do amor que dedicarmos a Deus e aos irmãos.
Quem puder compreender… compreenda!