quarta-feira, 24 de junho de 2009

Os mistérios da natureza


Quanto mais me preocupo com o rápido ou lento desenrolar da vida mais me surpreendo com tudo quanto dela vou colhendo.
Desde que me conheço foram tantas as modificações por que passou a sociedade que se não tivesse presente o esforço do homem pela permanente busca da plenitude humana me atreveria a dizer que a metamorfose humana estava completa e o fim do mundo iminente.
É voz corrente que tudo está muito mau. Claro que há coisas mais ou menos boas como em todos os tempos de que o tempo dá notícia.
O desenvolvimento cultural e tecnológico não se cansa de encurtar distâncias e dilatar segundos nos dias que parecem anos pelo amalgamado número de acontecimentos que nos chegam de todas as partes a bombardear-nos os sentidos e a apertar-nos o coração. Do passado, normalmente, tendemos a recordar só o melhor... ou seja... matamos os pesadelos lembrando apenas alguns sorrisos do céu nublado... como forma de negar do presente o calor dos raios ensolarados de um radioso Verão... que, só não existe para todos os homens... pela maldade de alguns... alguns que temos de chamar à realidade ou pelo menos temos obrigação de nos esforçarmos por o fazer.
Não vale a pena continuar a lembrar (valorizar) só o que está errado dizendo mal de tudo e de todos! Não vale a pena passar nos écrans da TV (valorizar) tantas atrocidades cometidas e deixar no esquecimento tantas coisas maravilhosas que se vão fazendo por aí! Não vale a pena nos nossos encontros normais entre amigos recordar (valorizar) acontecimentos ruins quando há tantos valores aos quais não sabemos dar atenção!
Não tenhamos ilusões! É através dos olhos e dos ouvidos e pela sensibilidade da pele que a educação se aloja no coração para transformar o ser humano. Há que esconder as barbaridades e mostrar exemplos dignificantes que falam muito mais alto do que todos os gritos das palavras.
Todos sabemos que sem meios, dinheiro e haveres, não podemos viver condignamente, mas também sabemos que o dinheiro e haveres não são tudo da vida, pois a vida é tudo o que somos... porque o que somos vale muito mais do que toda a riqueza material que possamos ter.
Há pessoas tão mergulhadas numa desenfreada busca de dinheiro e riquezas que avançam por cima de tudo e de todos para as conseguir... em tanta demasia... que uma pequena parte do que esses estagnam... ou estragam... posta ao serviço da comunidade, daria para acabar de vez com toda a miséria humana!...
A crise monetária que o mundo atravessa não é real, é fruto da mais vergonhosa mentira destes piratas da humanidade!
A riqueza mundial aumenta todos os dias! Não é justo que continue a concentrar-se nos cofres de meia dúzia... meia dúzia de tristes e desgraçados que vegetam num mundo de avareza que apenas lhes trará amargura e solidão, pois dessa forma nunca saberão o belo e verdadeiro sentido da vida... vida que nem sequer lhes pertence.
Da vida nenhum de nós é dono! Ainda que o queiramos negar, a Natureza continua a recordar-no-lo nos seus insondáveis mistérios – mistérios tão insondáveis que ultrapassam todo o potencial desmedido da ciência humana.
Tão bem formado cientificamente, porque é que o Homem não consegue responder de imediato a todas as questões da humanidade sobre o procedimento das obras provindas das suas próprias mãos?
A sabedoria e força da Natureza? Não há dúvida!