A expressão “Quem não vive para amar… não serve para viver” - é um maravilhoso legado de alguém que possivelmente já estará na outra dimensão da vida e quer que caminhemos para ela com determinação e segurança, onde quer que estejamos e sejamos quem formos.
Nascemos por Deus e para Deus que é AMOR! Por isso, ninguém nasce para si mesmo, mas para se colocar ao serviço dos outros conforme o exemplo de Jesus Cristo, amando.
Antes de começar a vida púbica de serviço aos irmãos mostrando-lhes como viver segundo as Suas Palavras e o exemplo da Sua própria vida, Jesus gastou trinta anos da Sua curta existência na pequena cidade de Nazaré, nas mais seguras orientações do Pai, entre o povo humilde e mais humilde que o próprio povo.
Ali foi sorvendo todo o contexto da sociedade do Seu tempo, desde a pastorícia e vegetação à pesca e aos diferentes estados de vida civil e religiosa, organização política e cargos públicos.
De bebé a adulto, como qualquer outro ser, foi descobrindo aos poucos quem ELE próprio era, vivendo em plenitude todas as vertentes da dimensão humana para poder preenchê-las da mais completa dimensão divina - o AMOR misericordioso, incondicional e gratuito.
O Advento, tempo de espera que precede a Celebração Festiva do Natal de Jesus, não pode ser vivido somente como nos habituamos na lembrança do Menino rechonchudinho e maravilhoso, mas no esforço de tudo fazer para que nasça em nós o desejo sincero de vivermos de acordo com as orientações DESSE Menino que, por amar a todos como irmãos, acabou morto numa cruz como o maior dos malfeitores.
Falamos demais em amor, mas volvidos mais de dois mil anos, o “AMAR” ao jeito de Jesus continua a ser um “Mundo Novo” a desbravar bem dentro de cada homem e de cada mulher.
Ninguém conseguirá amar se não se sentir amado nem conseguirá amar os irmãos se não se amar a si mesmo, não com um amor egoísta e pretensioso, mas sendo capaz de descobrir os defeitos a evitar e as qualidades a desenvolver, de modo a poder ofertar aos irmãos o melhor de si – tal como Jesus Cristo nos veio ensinar.
Um dia, quando formos chamados para a Casa do Pai”, não seremos questionados sobre em que local ou religião vivemos, mas sobre o valor dado e o tempo gasto na busca do verdadeiro AMOR a Deus e aos irmãos e a força e coragem necessárias para vivermos segundo ESSE AMOR.
Eu, nasci de pais católicos e fui baptizada na Igreja católica onde vou procurar o conhecimento e força do Amor de Deus, porque é ali que encontro a melhor forma de viver NESSE AMOR… mas convicta de que o verdadeiro Amor de Deus está no mais íntimo de cada ser - o coração - e é aí que o Homem tem de O encontrar, seja de que forma for, em que religião for, ou mesmo afirmando que não tem qualquer religião!
Que a lembrança das vivências profundas do tempo de Natal que ainda nos preenchem o coração seja o suporte das dificuldades que nos forem surgindo, para que, reconhecendo claramente a verdadeira finalidade da nossa vida, tenhamos a coragem de repetir ao mundo e a nós mesmos, a alta voz, as sábias palavras de Santo Agostinho: “Ama, e faz o que quiseres!” Que o Ano Novo que já iniciamos seja cheio das maiores venturas.
In Notícias de Cambra