segunda-feira, 26 de abril de 2010
Como vai o mundo!
Com o nosso jeitinho de chorões confessos, a maior parte de nós passa a vida a dizer que tudo está muito mal… mas, na realidade, como vai o mundo… não sei! Tudo dependerá do olhar com que o virmos. Se o olharmos com os olhos da maldade, vê-lo-emos tremendamente mau; se usarmos o olhar de quem procura ver só o bem, encontraremos muitas coisas boas; se, contudo, preferirmos encarar a realidade, veremos comportamentos e acontecimentos bons e menos bons e atitudes das mais variadas índoles.
A experiência pessoal e colectiva vai-nos alertando, em cada dia, de que nada poderá ser considerado totalmente mau quando o Homem quer crescer, pois os problemas no ontem resolvidos, no hoje deixarão de ser “problemas” para se virem a denominar de maravilhosas “conquistas”.
Todos desejamos sucessos tranquilos, e está muito certo, pois não podemos ser masoquistas. Mas se observarmos um pouco a nossa maneira de ser e estar, num curto espaço de tempo concluiremos que o bem-estar prolongado, que à partida é muito bom, nos instala no nosso cantinho e nos fecha de tal forma os horizontes que começamos a pensar apenas no prazer imediato com a inevitável sensação de vazio e cansaço interior, pois a felicidade provinda dessa forma será sempre efémera e passageira.
Temos de ter consciência de que os problemas em demasia nos arrasam, mas temos de convir que uma vida sem problemas também não ajuda em nada a nossa realização pessoal. A sabedoria popular diz que uma pessoa sem problemas tem o enorme problema de não ter problema nenhum – porque assim estagna, não cresce.
Os problemas a enfrentar serão tanto maiores quanto menor for a nossa preparação para a vida. Aliás, é a resolução de problemas que nos prepara para a vida, ou melhor dizendo, o desenrolar da vida é uma constante resolução de problemas, pelo que não podemos pedir a não existência de problemas, mas a capacidade para os resolvermos com sucesso.
O mundo é um jardim florido onde o espaço, comida e tecto para todos falha para muitos apenas pela intolerância, avareza e desamor de uns tantos.
É preciso dizer aos ricos que pensem nos pobres, mas urge dizer aos que se dizem pobres que têm de lutar pela vida, que não podem cruzar os braços para continuar a esperar por subsídios… que já são demais. A vida vale pelo que sofrermos por ela. É muito fácil aos que se dizem pobres criticar os ricos, mas a verdade é que o mundo nunca crescerá com parasitas da sociedade… que é o que são muitos dos que se dizem pobres… aliados aos “ricos vadios” que nada produzem e só gastam.
A sociedade tem o dever de olhar muito bem pelos doentes e velhinhos, mas tem de fazer tudo para levantar a moral dos mais desprotegidos, sejam eles ricos ou pobres, aqueles para quem a vida é sempre um drama… a maior parte das vezes… simplesmente… porque nunca tiveram quem os ajudasse a aprender a viver. Que quem de direito… seja generoso na ajuda!
Hermínia Nadais
A publicar no "Notícias de Cambra"
quarta-feira, 14 de abril de 2010
O COMEÇO… dos começos!
Foto de Herculano Nadais
Quando se fala em espiritualidade vem-nos à mente a religião, e quando se fala em religião aflora-se-nos um sem número de crenças à volta das quais os homens e as mulheres se aglomeraram e vão aglomerando para dar vida às inúmeras religiões que, duma ou outra forma, tentam mostrar à humanidade razões de viver, caminhos para a vida, eternidade feliz para além da morte física ou então um faz tudo quanto puderes neste mundo porque quando morreres, acabas!
Por mais que queiramos fugir destas realidades elas fazem parte do ser humano que somos no mundo onde vivemos que é o mesmo que dizer, fazem parte de nós… aglomerados de células materiais ajustadas entre si e animadas por algo que não vemos mas sentimos e a que chamamos alma ou espírito. Daí que o Homem, Ser Humano, é um ser crente por natureza, que tem necessariamente de acreditar em alguma coisa, porque mesmo quando um homem ou mulher diz que não acredita em nada… é nesse nada que acredita… o que é também, sem sombra para dúvidas, uma crença. Como Seres Humanos que somos, irremediavelmente temos alimentar-nos de uma crença, não podemos fugir desta realidade.
Estamos numa época em que o mundo cada vez nos parece mais pequeno e global. As notícias correm tão velozmente que nos entram em casa quase no momento exacto em que acontecem. A informática está tão desenvolvida e as pessoas têm tantos saberes que descobrem os segredos melhor guardados e põem a descoberto os mais díspares comportamentos. A tendência terrivelmente negativa de quase virem a lume as atitudes mais perversas em detrimento de tantas outras dignas e dignificantes feitas no anonimato e que nunca serão notícia, é uma realidade.
Perante esta sociedade tão astuta e exigente começa de se sentir necessidade de um esforço muito grande para acabar com as máscaras, pois as pessoas, na generalidade, estão suficientemente formadas para, face a vivências ou afirmações de outrem distinguir com alguma facilidade as falsas das verdadeiras, pela ajustada coerência entre as palavras e atitudes que têm de condizer, irremediavelmente, para serem verdadeiras.
Não podemos querer que haja máscaras no mundo, mas que cada pessoa, livre de pressões exteriores ou preconceitos internos, seja igual a si mesma e se afirme tal qual é em qualquer tempo, lugar ou circunstância. Não basta sentirmo-nos bem entre iguais, ou seja, entre pessoas que pensam como nós, é urgente sentirmo-nos muito bem entre pessoas que pensam e vivem, assumidamente, de forma diferente, numa total compreensão e respeito mútuo pelas suas diferenças.
Imaginemos que o Mundo dos homens e mulheres é um imenso jardim onde as crenças e religiões são canteiros bem floridos cada qual com suas flores específicas, e onde podemos observar tanta diversidade de canteiros com flores que a maior parte das flores nos são desconhecidas, e que é toda essa imensa e harmoniosa diversidade e beleza que torna o jardim charmoso e atraente onde, as flores que se aventurem a sair dos seus canteiros não seja para agredir as demais as para as mimar com abraços de carinho, compreensão, aceitação
e paz.
O nosso jornal aceitou por bem criar um espaço sobre espiritualidade como possibilidade de expressão e partilha de opiniões, uma forma de podermos caminhar com unidade na diversidade de caminhos com que buscamos a FELICIDADE, meta comum de todos nós, numa cada vez maior realização pessoal e comunitária. A importância de cada um não está no “ser igual aos outros” mas no “saber viver e conviver harmoniosamente consigo mesmo e com os outros” respeitando todas as diferenças.
Hermínia Nadais
http://textosdaescoladavida.blogspot.com
Rubrica "ESPIRITUALIDADE" no "NOTÍCIAS DE CAMBRA"
Quando se fala em espiritualidade vem-nos à mente a religião, e quando se fala em religião aflora-se-nos um sem número de crenças à volta das quais os homens e as mulheres se aglomeraram e vão aglomerando para dar vida às inúmeras religiões que, duma ou outra forma, tentam mostrar à humanidade razões de viver, caminhos para a vida, eternidade feliz para além da morte física ou então um faz tudo quanto puderes neste mundo porque quando morreres, acabas!
Por mais que queiramos fugir destas realidades elas fazem parte do ser humano que somos no mundo onde vivemos que é o mesmo que dizer, fazem parte de nós… aglomerados de células materiais ajustadas entre si e animadas por algo que não vemos mas sentimos e a que chamamos alma ou espírito. Daí que o Homem, Ser Humano, é um ser crente por natureza, que tem necessariamente de acreditar em alguma coisa, porque mesmo quando um homem ou mulher diz que não acredita em nada… é nesse nada que acredita… o que é também, sem sombra para dúvidas, uma crença. Como Seres Humanos que somos, irremediavelmente temos alimentar-nos de uma crença, não podemos fugir desta realidade.
Estamos numa época em que o mundo cada vez nos parece mais pequeno e global. As notícias correm tão velozmente que nos entram em casa quase no momento exacto em que acontecem. A informática está tão desenvolvida e as pessoas têm tantos saberes que descobrem os segredos melhor guardados e põem a descoberto os mais díspares comportamentos. A tendência terrivelmente negativa de quase virem a lume as atitudes mais perversas em detrimento de tantas outras dignas e dignificantes feitas no anonimato e que nunca serão notícia, é uma realidade.
Perante esta sociedade tão astuta e exigente começa de se sentir necessidade de um esforço muito grande para acabar com as máscaras, pois as pessoas, na generalidade, estão suficientemente formadas para, face a vivências ou afirmações de outrem distinguir com alguma facilidade as falsas das verdadeiras, pela ajustada coerência entre as palavras e atitudes que têm de condizer, irremediavelmente, para serem verdadeiras.
Não podemos querer que haja máscaras no mundo, mas que cada pessoa, livre de pressões exteriores ou preconceitos internos, seja igual a si mesma e se afirme tal qual é em qualquer tempo, lugar ou circunstância. Não basta sentirmo-nos bem entre iguais, ou seja, entre pessoas que pensam como nós, é urgente sentirmo-nos muito bem entre pessoas que pensam e vivem, assumidamente, de forma diferente, numa total compreensão e respeito mútuo pelas suas diferenças.
Imaginemos que o Mundo dos homens e mulheres é um imenso jardim onde as crenças e religiões são canteiros bem floridos cada qual com suas flores específicas, e onde podemos observar tanta diversidade de canteiros com flores que a maior parte das flores nos são desconhecidas, e que é toda essa imensa e harmoniosa diversidade e beleza que torna o jardim charmoso e atraente onde, as flores que se aventurem a sair dos seus canteiros não seja para agredir as demais as para as mimar com abraços de carinho, compreensão, aceitação
e paz.
O nosso jornal aceitou por bem criar um espaço sobre espiritualidade como possibilidade de expressão e partilha de opiniões, uma forma de podermos caminhar com unidade na diversidade de caminhos com que buscamos a FELICIDADE, meta comum de todos nós, numa cada vez maior realização pessoal e comunitária. A importância de cada um não está no “ser igual aos outros” mas no “saber viver e conviver harmoniosamente consigo mesmo e com os outros” respeitando todas as diferenças.
Hermínia Nadais
http://textosdaescoladavida.blogspot.com
Rubrica "ESPIRITUALIDADE" no "NOTÍCIAS DE CAMBRA"
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Sonhos desfeitos!
A vida é sempre um sonho que se vai tornando realidade ao longo do seu decorrer. Quanto maiores forem os sonhos mais longe a pessoa poderá chegar, porque é o sonho que, realmente, comanda a vida! Se deixarmos de sonhar - não tenhamos ilusões - deixaremos de nos interessar pela vida e não chegaremos mais a lado nenhum.
Essa vida de que fomos dotados e dizemos nossa, é nossa para a vivermos na maior plenitude possível, para cuidarmos dela no seu todo material e espiritual o melhor que pudermos e soubermos, para a pormos ao serviço dos outros quanto mais totalmente melhor, mas alongá-la, um minuto que seja, não é mais obra nossa mas de Quem no-la concedeu.
Neste canto do mundo onde normalmente passo os meus dias fechados sobre si mesmos em trabalhos e canseiras das mais variadas índoles, chegam-me notícias de todo o mundo com relativa facilidade, mas o que se passa à minha volta num meio ambiente mais ou menos próximo, é difícil cá chegar. Esta foi a razão porque, somente hoje, num telefonema que fiz à redacção deste Jornal para tratar de assuntos pendentes, fui informada da última e definitiva partida do nosso muito querido Comendador Aníbal Araújo.
Homem arrojado que transformou sonhos em realidades, que soube correr mundo e conviver com as mais altas esferas unindo povos irmãos, que tão graciosamente repartiu haveres com quem deles necessitava, que suportou corajosamente as intempéries da vida sem nunca vacilar ou esconder o rosto, que foi íntegro até ao último momento negando tudo quanto pudesse manchar a sua alta dignidade de Ser Humano que não queria, sob que pretexto fosse, ultrapassar as regras do bom comportamento moral e cívico por que sempre se pautou.
Amigo, que escondia no seu porte seguro e semblante duro os cuidados mais desvelados e o maior carinho e atenção por toda a gente, em especial pelos familiares, amigos e colaboradores mais próximos.
A sua dedicação à Comunicação Social Regional e não só foi até ao extremo. Partiu cedo demais, e deixa entre nós um grande vazio, difícil de superar.
Que todos, mas principalmente os seus familiares, sejam repletos de todas as graças necessárias para que se possam recompor, o mais rápido possível, de tão desmedida e irreparável perda que acarretou consigo tantos sonhos, desfeitos!
Grande e incomensurável Senhor Comendador Aníbal Araújo: o Notícias de Cambra deve-lhe a vida! O povo cambrense ser-lhe-á eternamente grato e ficará eternamente presente nos nossos corações!
Que Quem tão cedo o levou de entre nós o faça imensamente feliz, na Pátria Eterna. Depois de tantos trabalhos e canseiras, GRANDE AMIGO, descanse em paz!
Hermínia Nadais
A Publicar no "Notícias de Cambra"